O conhaque armênio é produzido desde 1887 a partir de uvas brancas de 5 variedades diferentes, e o cheiro delicioso já invade nossos sentidos no momento em que entramos na Fábrica do Ararat, um prédio monumental à beira do rio Hrazdan.
Para realizar a visita, é preciso agendar com antecedência, e são 2 opções de preços: 4500 AMDs (com degustação de 2 tipos de conhaque Ararat) ou 9000 AMDs (com degustação de 3 tipos de conhaque Ararat). É possível fazer os tours com explicações em arêmio, russo, inglês, francês, alemão e espanhol.
Além de todos os tipos de conhaque já produzidos pela fábrica, podemos ver no museu diversos barris autografados por dignatários que já fizeram a visita, bem como o “Peace Barrel” (ou “barril da paz”), que será aberto quando a Armênia e o Azerbaijão chegarem a um acordo de paz sobre Nagorno-Karabakh.
A sala do Peace Barrel é uma das partes mais interessantes do museu, onde podemos deixar nossas assinaturas e mensagens de paz.
Também podemos apreciar os dois primeiros barris onde foram fabricados os famosos conhaques armênios, com algumas relíquias que datam desde a abertura da fábrica.
Nessa parte do passeio, ouvimos a anedota que conta a principal jogada de marketing da fábrica no começo da produção: contratavam-se atores para ir aos principais restaurantes europeus pedir o conhaque Ararat. Quando os garçons respondiam que não tinham Ararat, os homens pediam desculpas às suas companheiras por as terem levado a um lugar tão ruim que não tinha Ararat! Com isso, o conhaque começou a se tornar famoso por toda a Europa, uma vez que os bares e restaurantes passaram a estocar algumas garrafas no caso de algum cliente pedir.
Ao final do passeio pelo museu, vamos para a sala da degustação, aprender como se toma conhaque da maneira certa e como podemos reconhecer as diferenças de envelhecimento. Aprendi, por exemplo, que dá-se o nome de “lágrimas” àquela parte do conhaque que fica no copo depois de bebido, e que corresponde a um teste de qualidade: quanto mais tempo as lágrimas ficam no copo, maior a qualidade. Também aprendi que o conhaque deve ser tomado com a mão esquerda, para que ele fique mais perto do coração. Além disso, aprendi a distinguir as cores do conhaque e sentir seus diferentes aromas!
Eu, que provei o conhaque Ararat pela primeira vez em 2013, quando nem imaginava que ia acabar vindo morar na Armênia e ainda ia conhecer a fábrica, tô quase uma connoisseur de conhaque depois dessa visita!