Budapeste tem incontáveis pontos de interesse turístico, e pode ser difícil explorar tudo o que a cidade oferece em apenas poucos dias – principalmente se, como eu e o marido gostamos de fazer, o seu meio de transporte preferido sejam suas próprias pernas. Passear com tranquilidade pela cidade é muito agradável, e ir descobrindo os belos pontos turísticos ao longo das caminhadas é sempre a nossa maneira preferida de viajar.
Gellért Hill
A Colina de Gellért recebeu este nome em homenagem a São Geraldo, que foi lançado à morte do topo da colina. O famoso Hotel Gellért e as Gellért gyógyfürdő (ou banheiras de Gellért) ficam na Praça de Gellért, ao pé da colina, próximo à Ponte da Liberdade. A Caverna da Colina de Gellért fica dentro da colina, de frente para o Hotel Gellért e o rio Danúbio. No topo da colina está a Citadella, de onde pode-se observar amplamente o Danúbio.
Szabadság-szobor
No topo de Gellért Hill, encontramos Szabadság-szobor ou, em bom português, Estátua da Liberdade. Erguida primeiramente em 1947, celebrando a libertação soviética da Hungria durante a Segunda Guerra Mundial (que livrou o país da ocupação nazista alemã), a estátua soviética que lá estava fica, hoje, no Memento Park como parte da memória histórica daquela arte. A estátua de bronze de 14m de altura fica no topo de um pedestal de 26m, e tem uma folha de palmeira nas mãos, com duas outras estátuas menores em torno da base. Na época da construção do monumento, a derrota das forças do Eixo pelo Exército Vermelho foi proclamada oficialmente como libertação, o que originou a seguinte inscrição no memorial: “A FELSZABADÍTÓ SZOVJET HŐSÖK EMLÉKÉRE A HÁLÁS MAGYAR NÉP 1945”, que pode ser traduzida como “em memória aos heróis de libertação soviética, erguida com gratidão pelo povo da Hungria em 1945. Nos anos seguintes, o sentimento público em relação aos sovietes deixou de ser de gratidão e passou a fomentar revoluções, com sucesso temporário em 1956, e subsequentemente danificando algumas porções do monumento. Depois da transição em 1989 do comunismo para a democracia de mercado, a inscrição foi modificada para “MINDAZOK EMLÉKÉRE AKIK ÉLETÜKET ÁLDOZTÁK MAGYARORSZÁG FÜGGETLENSÉGÉÉRT, SZABADSÁGÁÉRT ÉS BOLDOGULÁSÁÉRT”, que pode ser traduzida como “em memória a todos aqueles que sacrificaram suas vidas pela independência, liberdade e prosperidade da Hungria”.
Szent István-bazilika
A Basílica de Santo Estêvão homenageia Estêvão, o primeiro rei da Hungria, e era a sexta maior igreja da Hungria antes de 1920, mas hoje é a terceira maior igreja do país, e co-catedral da Arquidiocese Católica Romana em Budapeste. Nesta Basílica acontecem muitos concertos musicais de prestígio. Aqueles que desejarem visitá-la de modo turístico, deverão agendar por telefone e pagar uma taxa de HUF 1.600 por adulto. As missas são celebradas aos domingos (08h30, 10h, 12h e 18h) e nos dias de semana (07h e 08h na Capela, e 18h na Basílica).
Hősök tere (Heroes Square)
A Hősök tere, ou Praça dos Heróis, é uma das maiores praças de Budapeste, e tornou-se notável por conta do seu complexo de estátuas que celebram os sete chefes dos Magiares (líderes das sete tribos húngaras na época da chegada de Carpathian Basin in 895AD) e outros importantes líderes nacionais húngaros, bem como a Pedra Memorial dos Heróis. A praça fica ao final da Avenida Andrássy, próxima ao Városlieget (parque da cidade), numa área muito agradável de Budapeste. A Praça dos Heróis foi palco de importantes eventos da história contemporânea da Hungria, e foi um dos lugares que mais gostamos de visitar em Budapeste.
House of Terror Museum
O Museu do Terror em Budapeste conta a história das ocupações nazistas e soviética na Hungria, destacando as características negativas de cada uma destas ocupações e prestando homenagem às vítimas que foram capturadas, torturadas e mortas naquele mesmo prédio. Alguns historiadores, jornalistas e cientistas políticos já indicaram que este museu retrata a Hungria de uma maneira muito vitimada, sem reconhecer as contribuições que os próprios húngaros fizeram para perpetuar os regimes nazista e comunista; muitas críticas também já foram feitas ao fato de que o museu dá muito mais destaque ao terror perpetrado pelo regime comunista do que pela ocupação nazista, sem reconhecer as benfeitorias da libertação durante a Segunda Guerra Mundial. Eu concordo em gênero, número e grau com estas colocações, embora ainda considere uma visita válida. Os ingressos individuais para adultos custam HUF 3.000, a bilheteria fecha às 17h30, e o museu fica aberto de terças-feiras a domingos entre 10h e 18h. Não é permitido fotografar ou filmar o museu, e nem entrar com mochilas (que devem ser deixadas em lockers pagos à parte).
Margitsziget
Talvez o lugar mais agradável para passear sem pressa em Budapeste seja a Margitsziget, ou Ilha Margarida! No meio do Danúbio, com alguns interessantes monumentos e muitas flores e árvores, o passeio pela Margitsziget torna-se uma experiência memorável.
Mas, Letícia, cadê o Parlamento nessa lista?
Pois é, minha gente, nós não visitamos o Parlamento de Budapeste! Não conseguimos agendar a visita, então só admiramos o prédio por fora. Ficou pra próxima!!