Fim do “intercâmbio” em Niterói

Já estou de volta em Berna desde a noite de ontem, o que significa que chegou ao fim o meu “intercâmbio” de 47 dias em Niterói.

Na sexta de manhã, o dia estava lindo assim, e eu gostaria de dizer que pude caminhar no calçadão da Praia de Icaraí pra me despedir de uma das paisagens mais lindas do mundo, mas a verdade é que esta foto foi tirada pela janela do carro entre um compromisso e outro já que, mesmo no último dia, tive pendências pra resolver.

O tempo corre, “escorre pelas mãos”, e não deu tempo de colocar meus pés na areia nem uma vez.

Depois de 17 meses sem ir ao Brasil, este período em que pude estar juntinho aos meus pais foi de muito amor, porém também muito intenso e estranho: inúmeros médicos, exames, e até uma cirurgia; máscaras, distanciamento social, preocupações.

Incontáveis vezes quis reencontrar família e amigos, e não fui capaz de fazê-lo por conta da pandemia. Fazer do mundo a nossa casa significa conviver com uma constante saudade, que dói e aperta o peito, e que é difícil de saciar.

E por falar em saudade, sinto saudade de poder caminhar no calçadão de Icaraí. Só pude apreciar uma das paisagens mais belas do mundo algumas vezes assim, da janela do carro, entre um compromisso e outro. Todos os dias dizia que iria – nem que fosse bem rapidinho – na praia, e não deu tempo de ir.

Tenho fé em Deus de que vamos superar a pandemia e que poderemos, de novo, voltar a viajar com mais calma e mais frequência, pra apaziguar um pouco todas as consequências da distância.

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