A volta dos que foram!

Meu Deus, faz um século que eu não escrevo por aqui.

Aconteceu TANTA coisa nos últimos 3 meses que, na verdade, parece ter passado mais tempo do que realmente passou. 3 meses pode ser pouco ou muito tempo, dependendo do referencial; pra mim, os últimos 3 meses foram super intensos e passaram rápido demais.

Mas vamos começar do começo, aproveitando que minhas férias de verão ainda não chegaram ao fim.

Logo depois de ter completado 2 semanas que marido tinha sido vacinado, eu fui à Zurique de trem; além de ter enrolado tempo demais pra levar alguns eletrônicos pra reciclagem na Apple e precisar deixar um sapato pra consertar numa loja que não tem mais em Berna, essa day trip foi um exercício pra me preparar pra viagem que viria em seguida, já que eu estava ligeiramente em pânico de entrar em aeroporto e pegar avião pra ir pro Brasil. Logo eu, sempre tão desenvolta pra viajar, tão acostumada a voar por aí sozinha, tava com um cagaço danado de viajar no meio da pandemia!

Graças a Deus, meses de terapia me ajudaram a me preparar pra enfrentar esse desafio, e agora posso dizer: sim, nós fomos ao Brasil! Depois de 19 meses sem ver meus pais, eu enfrentei todo o medo que eu tava de viajar em plena pandemia para poder, finalmente, revê-los, e também cuidar de umas questões de saúde que eu vinha adiando há algum tempo não só por conta da pandemia, mas porque eu precisava poder ficar mais tempo no Brasil pra resolver.

Foram 47 dias por lá, com direito à uma cirurgia no ouvido. Graças a Deus correu tudo bem na timpanotomia, e já faz 1 mês que eu não sei mais o que é dor no ouvido, que era uma coisa que me deixava absolutamente LOUCA pelos últimos 3 anos. Meu nariz é tão ruim que tava fazendo uma pressão absurda nos meus ouvidos, e eu sentia dor 24h por dia, então meu otorrino achou por bem fazermos a timpanotomia para colocar os tubos de ventilação pra tentar solucionar esse problema. Por enquanto, tá dando ótimo resultado; eu não senti nenhuma pressão no ouvido nem enquanto tava nos aviões dos voos de volta!

Além da cirurgia, fiz tooooodas as consultas e exames de rotina, e ainda consegui começar meu tratamento com o Invisalign. Já fazia um tempo que eu queria MUITO acertar os meus dentes, principalmente o apinhamento na arcada inferior, mas com a vida nômade ficava bem difícil fazer esse tratamento – dificultado, ainda, pela pandemia. Aí eu conversei com a minha ortodontista e ela me disse que daria pra fazer o tratamento à distância com o Invisalign, já que os alinhadores são todos entregues no início do tratamento, e o negócio é tão tecnológico que ela consegue acompanhar o meu progresso pelo aplicativo e pelas fotos. O treco é realmente um avanço gigantesco pra tratamentos ortodônticos, mas não vou negar que é bastante incômodo.

Eu gostaria de dizer que conseguir passear bastante, que fui à praia, e que me diverti muito nesse período que fiquei em Nikity city, mas a verdade é que eu só “passeava” entre um médico e outro exame, e só vi as praias passando de carro mesmo. Nos raros momentos que não tava correndo de um compromisso pra outro, eu aproveitei pra arrumar um bocado os armários lá de casa – não só os do meu quarto, mas também de outros cômodos – pra dar uma força pra mamãe, que tá investigando umas questões de saúde, enquanto meu pai faz fisioterapia diariamente pra tentar se recuperar do acidente que sofreu em março. É difícil demais acompanhar, à distância, essas pequenas coisinhas que vão mostrando o quanto a vida é frágil e que nossos pais não são eternos, e que a gente tem mesmo que valorizar cada segundo junto.

Marido só teve 3 semanas de férias, das quais ele só passou 2 dias em Niterói, então nós articulamos tudo para conseguirmos voltar no mesmo dia; voamos juntos de Lisboa pra Zurique. Voltamos pra Berna dia 28/08 e, desde que chegamos, eu tô tentando colocar a vida em ordem; tinha TANTA coisa pra ajeitar em casa (e ainda tem), e as férias de verão já estão quase no fim. Anteontem, dia da Independência do Brasil (o único feriado brasileiro no qual marido tem folga), nós fomos pra Lausanne, e depois eu vou escrever em detalhes os highlights desse passeio. Nós nos demos conta de que nosso tempo na Suíça tá quase se esgotando e nós ainda não conhecemos nem metade das coisas que gostaríamos, já que ficamos praticamente trancados dentro de casa nos primeiros 15 meses de pandemia. Agora que, além de vacinados, já fomos ao Brasil, decidimos tentar aproveitar o máximo que pudermos, ainda que com muita prudência.

Eu quero MUITO conseguir me organizar melhor a partir de agora pra conseguir escrever com mais frequência aqui e no leticiatostes.com. O doutorado ainda tem que ser a minha prioridade, e urge que eu comece a escrever a tese com afinco, mas tá me parecendo que esse semestre na Universidade será “um pouquinho mais light” (com bastante aspas), então eu vou realmente me esforçar pra não deixar de fazer meus registros aqui – já que, além de tudo, escrever me faz muito bem.

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