estava refletindo sobre as mudanças e adaptações que eu passei no último ano – e a data coincide (bem, forçando uma barrinha de uns dias de diferença) com a minha ida ao Fashion Rio (e, bem, a edição verão 2012 acaba hoje, então tá ok pra refletir sobre o ciclo). lógico que a reflexão é sobre moda – é sobre mudanças e adaptações; é sobre aceitação e aprendizado.
acontece que, desde que eu fui ao Fashion Rio, eu passei a pensar (ainda) mais sobre moda. e, de uma maneira saudável, percebi que não preciso renovar meu guarda roupa a cada estação para continuar me sentindo bem. pelo contrário: no último ano, comprei poucas peças de peso para atualizar o guarda roupa, e aprendi a montar produções muito melhores do que eu andava fazendo a minha vida inteira. esse processo de mudança e self-consciousness coincidiu com a necessidade de diminuir gastos – porque, né, eu sou uma mocinha de 21 anos sem renda própria e que não pode ficar esbanjando o salário dos pais por aí – e com a minha verdadeira e sincera aceitação do meu corpo.
porque a verdade é que eu nunca fui muito satisfeita com o meu corpo – sempre achei que tinha coxa demais, bunda demais, braço gordinho demais. fora a minha pancinha (nada) sensual que me acompanha desde que eu me entendo por gente. só que, depois que eu vi ao vivo aquelas modelos magérrimas e ossudas, que mais parecem vara-pau (ainda que com rostos belíssimos – mas nem sempre), eu comecei a dar graças a Deus por eu ter carne. porque, olha, eu achei muito feio conseguir enxergar a kms de distância o osso de uma pessoa.
e foi aí que eu me aceitei. eu me adaptei ao meu corpo. e, se eu fui à academia 3 meses no último ano, foi muito – eu ficaria surpresa se eu descobrisse que essa proporção está correta, de facto. eu até to tentando emplacar o pilates esse ano (por motivos de saúde muito mais do que estéticos), mas tá difícil.
e, quer saber, eu to feliz. to feliz porque to me aceitando. to feliz porque tenho sabido vestir o meu corpo. to feliz porque procuro roupas que caibam em mim – e não roupas em que eu tenho que caber. to feliz porque aprendi a mix and match, aprendi a conviver com o meu armário.
to feliz porque to crescendo.
2 responses to “sobre mudanças e adaptações”
So falta deixar de ler Harry Potter.
Retardada.
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inveja é uma merda né Lek (que eu sei BEM quem é!)
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