é, tem sido uns anos difíceis.
nos últimos anos, venho perdendo pessoas importantes na minha vida, e a dificuldade de lidar com essas perdas é imensa.
em março de 2003, morreu meu tio João, que me fez enfrentar pela primeira vez a realidade da morte de alguém muito próximo e muito querido. passaram-se uns anos, em que as perdas continuavam acontecendo. mas foi em 2007 que as peças do dominó começaram a cair de maneira rápida, com todas as doenças e dificuldades que levaram a cada uma das mortes seguintes, me fazendo ter tanta dificuldade em lidar com elas. em janeiro de 2007, morreu meu padrinho Márcio, aquele que verdadeiramente cumpria o papel de segundo pai. em janeiro de 2009, morreu meu tio Tarcisio, que, com suas brincadeiras e risadas marcantes deixou um silêncio terrível na minha vida. em setembro de 2009, morreu minha vó Laércia, que, mesmo na velhice, tanto me ensinou sobre superação. em agosto de 2010, morreu a Mivó, o amor incondicional e eterno de quem é insubstituível, a saudade mais absurda que eu poderia sentir na minha vida. em junho de 2011, morreu tia Sílvia Helena, um exemplo de força e humildade. e agora, em maio de 2012, perco, de maneira brutal, meus tios Carlinhos e Hellé-Nice, aqueles que tanto me amavam e tanto me davam carinho.
a verdade é que, há pouco, todos eles estavam ao meu lado, dividindo alegrias, dores, anseios, emoções. não mais do que de repente, eles se foram, deixando um vazio imenso e uma saudade presente. a lembrança das vozes amigas, dos sorrisos, dos abraços e da disponibilidade realimentarão o amor que jamais se apagará no meu coração.
a verdade é que tem horas em que me falta o chão, me falta o ar; às vezes, me falta a capacidade de compreender a morte. e é nessas horas em que eu mais preciso me apegar à minha fé e à crença de que a morte é o primeiro passo da aventura seguinte.
a verdade é que, enquanto me sobra a dor, me faltam as palavras.
só o silêncio pode dizer a saudade que eu sinto de cada um de vocês.
2 responses to “sobre as perdas”
Bem, sempre leio os seus comentários, mas nunca te escrevi uma resposta. Mocinha, eu sei o que é perder alguém que se ama, e sei a dor de perder alguém em algo tão fugaz quanto uma respiração ou o toque de um telefone. Sinto muito pelo que você está passando, em minha vida eu já senti essa dor lacerante, que nada mais deixa que um vazio a ser preenchido com dor e tempo. Nossas almas são despedaçadas e recompostas, sem que nada ou ninguém nos de explicação. Mas, a vida caminha assim, mocinha, olhe para frente, ouça o passado, mas só aquilo que você quer carregar, e siga em frente. Pois aqueles que te amam, minha linda mocinha, sempre te amarão. Não importa de onde ….
tem uma musica que sempre me inspirou, nesses momenstos e interprete amizade como o amor de qualquer um que te ama.
e
eu sei que eles gostariam de dizer.
e os amigos, amor, que estão com você querem todos te dizer
Acredite, mocinha, você conta com muitas pessoas que querem ter ver bem e feliz, e eu sou uma delas.
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E, eu, sinceramente, espero que você continue acreditando na magia da vida, que por azar não pertence a nós trouxas, mas, continua a nos iluminar mesmo nas horas mais negras. Seu Spectrum Patronus, não te abandonara, nem seu amigos de verdade sejam eles novos ou velhos, esquecidos ou presentes, tenho certeza que você pode contar com eles. Procure eles, eles te darão um ar novo para enfrentar as dificuldades. Saudades e esperanças que tudo de certo pra você de agora em diante, minha eterna amiga.
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