a dificuldade de encontrar boas roupas

Estou exausta. Há dias – ou melhor, há quase um mês, estou em uma busca incessante por boas roupas, e não encontro. Por conta do acompanhamento nutricional (tô devendo post! Eu sei!), emagreci 8kg e meu corpo mudou muito nos últimos meses, então o que me servia até pouco tempo atrás está dançando no meu corpo e todas a grande maioria das minhas roupas parecem que são emprestadas. Exemplo: uma calça jeans que minha mãe me deu no início de novembro já está IMENSA pra mim. E olha que já tentei fazer ela encolher lavando várias vezes.

Enfim. Por conta disso, eu preciso de roupas novas. É precisar mesmo, porque nada me serve bem. Diminuir roupas não é comigo, tenho horror até de dar bainha, sofria com cada calça jeans que tinha que dar bainha antes de adotar as skinnys pra minha vida (amor eterno!). Não gosto de costureira, não gosto de conserto. Gosto de roupa que sai da loja pronta pra usar. Saias e vestidos longos? Quase nunca uso. Comprei uma no Zimbábue que não dei bainha até hoje. Tá no armário. Souvenir.

Dezembro é um mês cheio de comemorações. Já começa com o meu aniversário, depois vem happy hour disso, encontrinho daquilo, aí já é Natal, ano novo, e verão, calor, inferno. Lembro que liguei lá de Brasília pra mamãe na semana do meu aniversário e falei “mãe, não tem roupa. Não tem roupa nas lojas que valha a pena comprar. Não sei o que vou usar no meu aniversário.” Se aniversário pra mim já é Ano Novo, e eu faço questão de usar a roupa toda nova, que dirá depois de perder tanto peso como perdi. A salvação do aniversário foi uma blusa de seda (100%! raridade!) que achei na Maria Filó, combinada com calça jeans da Zara (que já está grande).

Aí cheguei semana passada em Niterói e vi que não tinha roupa nem pra passar o Natal. A princípio, eu ia passar de pijama mesmo (que também tá grande, mas qualquer coisa vale pra ficar confortável em casa), mas acabou que vamos viajar. A solução: ir às compras. Ou tentar ir às compras.

Impressionante como as lojas estão com todas as roupas iguais. Todas. Uma ou outra com uma coisinha um pouquinho diferente, mas aí não tem tamanho, ou é de material sintético, ou veste mal, ou tudo isso junto. Tudo tem recortes, tudo tem transparência, tudo é cropped, tudo é com “rabo de peixe”, tudo tem renda. Tudo é feito de material sintético. É um festival de 100% poliéster e 100% viscose por tudo quanto é arara. E os preços todos lá no alto.

Quando encontrava alguma coisa que daria pra usar, nada veste bem. Nem mesmo em uma das lojas que mais comprei nos últimos tempos consigo encontrar roupas pra mim. Até considerei comprar um vestido longo (55% linho 45% viscose) e dar bainha pro ano novo; ficou imenso, quase cabia outra de mim ali dentro.

Onde estão as fibras naturais, meu Deus? Tô cansada de ler tanta etiqueta de roupa escrito 100% poliéster e 100% viscose. Rayon então… E onde está o preço justo pelas roupas? Tem roupa de 3 mil reais de material sintético. Juro. É coisa que não dá pra entender.

E os preços estão afastando os consumidores. A grande maioria das lojas está vazia. Os/as vendedores/as ficam ENLOUQUECIDOS quando entra um potencial comprador na loja. Querem te vender a roupa que não veste bem com preço abusivo, querem te vender tudo de qualquer jeito. Eu sei que não tá fácil pra ninguém, mas não sou eu que vou deixar o suado dinheirinho da minha mãe numa loja que não me vende uma coisa que vale o preço que tá na etiqueta.

Juro que nunca fui cri cri pra compras. Alguns diriam até que sou (ou já fui?!) shopaholic. Meu lado Carrie Bradshaw grita: gosto de ver meu dinheiro no meu guarda roupas. Gosto mesmo. Mas como comprar roupas quando eu não uso cropped, detesto transparências, rabo de peixe não me favorece? Saia midi? Pregueada? Não tenho altura e nem corpo pra isso.

Essa busca por roupas boas e boas roupas cansa. Cansa muito. Chegou um momento hoje que eu simplesmente desisti. Não quis ver mais nada. Desânimo total.

Desde quinta, entrando em todas as lojas, consegui achar um único vestido (100% poliéster, mas não tem muito pra onde correr) que me vestiu razoavelmente bem. Tô entrando em loja que comprei a vida inteira e em loja que nunca comprei, e até mesmo já torci o nariz. Ainda me resta um dia de peregrinação pra tentar achar mais um. Isso porque ainda não achei roupa pro ano novo. Mas essa busca vou deixar pra última semana do ano, em Brasília mesmo.

Quem me dera ter um armário todinho de roupas em fibras naturais, com peças de excelente caimento e que me façam me sentir sempre bem vestida. Um dia, se Deus quiser, eu realizo esse sonho.

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