se algum dia eu tiver filhos, eu faço questão de contar pra eles da minha paixão eterna por Harry Potter. e eu vou começar dizendo que Harry Potter mudou minha vida, de verdade, e que, depois que conheci Harry Potter, em 1997, minha vida mudou completamente, e eu virei outra pessoa. sem exageros.
obviamente, vou incentivá-los a ler os livros e assistir aos filmes, mas eu vou comprar cópias novas pra eles, porque provavelmente todas as trocentas coisas que eu tenho de Harry Potter, o que inclui coleções de todos os livros em algumas línguas diferentes, continuarão intocáveis por outras pessoas que não eu.
depois que eles tiverem lido tudo e visto todos os filmes, eu vou contar toda a minha história com Harry Potter; todas as vezes que eu fui nas estréias (geralmente levando o avô deles pra ver comigo, ainda que à 00h01), todas as vezes que eu fui muitas vezes ver os filmes no cinema, todas as vezes que eu fiz os avós deles me levarem pra comprar os livros na hora em que as caixas se abriam, todas as vezes que eu fiz isso tudo vestindo meu uniforme da Grifinória, todas as vezes que eu comprei os dvds no dia dos lançamentos, etc.
o problema todo é que eles provavelmente não vão entender por completo todo esse amor, porque não viveram a geração Potter, da qual eu faço parte; essa geração que viu os livros saírem nas suas datas de lançamento e muitas pessoas vestidas como bruxos para dar boas vindas às novas histórias, ou às adaptações cinematográficas. mesmo assim, vou dizer que, se eles gostam da mãe deles, deveriam agradecer a tia Jo, por ter criado o Harry, porque o que ela é hoje, e vai ser pelo resto de sua vida, se deve muito ao fato de ter amado profundamente, incondicionalmente e inexplicavelmente tudo o que dizia respeito a esse mundo.